Absolute Beginner: Clássico do Hip Hop Alemão

O grupo foi fundado como Absolute Beginner, em 1991, inicialmente com seis membros: Jan, Denyo, Mardin, DJ Burn, Nabil, Mirko, mas os três últimos abandonaram depois de alguns meses. Eles começaram a cantar em inglês com batidas caseiras e alemão, mas depois passou a cantar apenas em alemão. Durante sua primeira aparição pública conheceu o DJ Mad, que imediatamente se juntou ao grupo. Álbuns lançados desde 1993:

  • 1993: KEINE música no sampler Kill A Nação com uma ranhura (LP / CD, Buback Tonträger)
  • 1993: Gotting (EP / EPCD, Buback)
  • 1995: Die Kritik um kann den Platten morrer Platte ersetzen der Kritik nicht (12 “/ SingleCD, Buback)
  • 1996: Natural Born Chillas (12 “/ SingleCD, Buback)
  • 1996: Flashnizm [Stylopath] (LP / CD, Buback)
  • 1998: Rock On (12 “/ SingleCD, Buback / Universal Records)
  • 1998: Bambule (LP / Buback, CD / Universal)
  • 1998: Liebes Lied (12 “/ SingleCD, Buback / Universal)
  • 1999: Hammerhart (12 “/ SingleCD, Buback / Universal)
  • 1999: Füchse/K2 (12 “/ SingleCD, Buback / Universal)
  • 2000: Boombule – Bambule Remixed (LP RMX / Buback, CD / Automóvel)
  • 2003: Explosão heróis de ação (LP / Buback, CD / Automóvel)

Os novatos começaram com letras altamente politizadas. Em sua primeira canção KEINE, atacaram a polícia alemã. Suas letras, muitas vezes misturam sátira e política . Também se empenham na luta contra o racismo.

Depois da longa pausa, o grupo voltou com um som mais progressivo e experimental, sem largar suas raízes old-skool.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Beginner

Esse vídeo é um mix de músicas juntamente com uma do Absolute Beginner – Hammerhart:

Mano Oxi: mais um prêmio na caminhada, dessa vez é o Preto Ghóez, categoria “Conhecimento”

Mano Oxi: Rapper e Atvista Social

Um dos ganhadores do Prêmio Preto Ghoez na categoria “Conhecimento”, é o Vice Presidente Nacional Nação Hip Hop Brasil, Mano Oxi, é a primeira vez em 30 anos de cultura hip hop que o Estado Brasileiro reconheceu o movimento.

Mano Oxi é Rapper e Ativista Social, Vice-Presidente Nacional e Presidente Estadual da Nação Hip Hop Brasil, Membro do Fórum de Diálogo Permanente do Hip Hop, Assessor Parlamentar do Deputado Estadual Raul Carrion (PCdoB), Ex-apresentador no programa de TV da TVE RS, o Hip Hop Sul, onde atuou durante 8 anos. Foi premiado com o Prêmio de Direitos Humanos 2006, da UNESCO, por ter desenvolvido um trabalho com jovens em situação de risco na FASE/RS.

Mano Oxi é também Conselheiro e Membro da Comissão de Comunicação no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE-DF), onde atua a nível nacional desenvolvendo políticas públicas de juventude, alén de ser Vereador Suplente na Cidade de Porto Alegre, onde fez em sua primeira votação, 2.128 votos.

Pode crer Mano Oxi!

mais informações e lista de ganhadores:

http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/10/Premio-Cultura-Hip-Hop-Lista-de-Premiados.pdf

Prêmio Preto Ghoez 2010

Prêmio Hip Hop

Publicado no D.O.U. de 13.12.2010, sessão 03, páginas 18 à 27.

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Foi publicado hoje (5), no Diário Oficial da União, a lista das iniciativas habilitadas a concorrer ao Prêmio Cultura Hip Hop – Edição Preto Ghóez. Foram enviadas 1084 propostas, destas 866 estão aptas a concorrer ao Prêmio, sendo 243 de grupos informais, 70 de instituições e 533 de pessoas físicas.

O mérito artístico e cultural dessas propostas será avaliado pela Comissão de Seleção do Prêmio, que escolherá as iniciativas que defendam o fortalecimento das expressões culturais do Movimento Hip Hop.

O Prêmio é uma promoção das Secretarias da Identidade e da Diversidade e de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura em parceria com Instituto Empreender e a Ação Educativa. Serão premiados 134 trabalhos com valor de R$ 13 mil para cada uma.

Os recursos podem ser apresentados até o dia 20 de outubro, para isso basta preencher o formulário e enviar para o e-mail: premiohiphop2010@institutoempreender.org. Dúvidas e informações poderão ser esclarecidas pelo telefone 61 3225 2780, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h.

Confira a lista de premiados: http://hiphopdaflorestaro.blogspot.com/2010/12/lista-dos-ganhadores-do-premio-cultura.html

Preto Ghóez, o homenageado

Márcio Vicente Góes, nasceu em 8 de outubro de 1971, em São Luis, no Maranhão. Teve uma infância pobre e começou a trabalhar com apenas 10 anos para ajudar a mãe a sustentar a família. Mas a paixão pela música também foi despertada cedo e, em 1993, ele já estava montando a sua primeira banda de Hip Hop, a Habeas Corpus, que, em 1994 passou a se chamar Skina. Em 1996, o artista formou um novo grupo musical. Surgia, então, a Milícia Neo Talmarina que durou até 1998. Neste ano, Preto Ghóez desfez o grupo e criou a Clã Nordestino que gravou um único CD, a Peste Negra do Nordeste, e durou até a sua morte.

Além das bandas, Preto Ghóez fundou os Movimentos Hip Hop Organizado Brasileiro (MHHOB), Favelafro, do Maranhão e Questão Ideológica, do Piauí. O artista escreveu ainda o livro A Sociedade do Código de Barras – O Mundo dos Mesmos. Com a banda Clã Nordestino Ghóez percorreu todo o Brasil e também fez shows em países como a Itália e a França.

Como líder do movimento e um dos fundadores do MHHOB, Preto Ghóez, visitou todo o país fazendo palestras. Depois de sua morte, o compositor, cantor e escritor, recebeu várias homenagens. Dois Pontões de Cultura foram batizados com o seu nome. O primeiro, em Teresina, recebeu o nome de Pontão Preto Ghóez Vive e o segundo, em Rondônia, de Pontão de Rondônia Preto Ghóez – Povos da Floresta. Uma rua da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, também ganhou, em 2006, o nome do líder do movimento Hip Hop no Brasil.

Nino Brown, da Casa Hip Hop de Diadema (SP), ouviu falar de Preto Ghóez no início do movimento no Brasil. “Eu estava em São Paulo e ele no Maranhão e fui a primeira pessoa do estado paulista a fazer contato com ele. Como naquela época não havia computador nos falávamos por carta ou telefone”, conta Brown, um dos precursores e líderes do movimento em São Paulo. Para ele a homenagem do MinC ao artista é mais do que legítima. “Ele representava o movimento e o povo humilde. Também não tinha medo de dizer o que pensava”, justifica Nino Brown, que está no Movimento Hip Hop há 30 anos e para quem a morte de Preto Ghóez foi um choque. “Não acreditávamos que era verdade. Foi uma perda muito grande para todos do movimento”, assegura ele.

A premiação inédita contará com recursos de R$ 1,7 milhão e contemplará iniciativas individuais e de grupos nas categorias Reconhecimento, Socioeducativa (Escola de Rua), Geração de Renda, Difusão/Conhecimento (5° Elemento) e Difusão – Menções Honrosas.

Esta primeira edição prestará homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip Hop Organizado do Brasil – ele morreu em 2004, vítima de acidente de carro. No evento, estarão presentes a viúva de Ghóez e o grupo Racionais MCs, que encerrará o evento.

A publicação do edital está prevista para abril, mas a partir do mês de março os critérios e procedimentos necessários para a participação deverão estar disponíveis para consulta nas páginas eletrônicas do Ministério da Cultura (MinC) e das instituições parceiras. As inscrições ficarão abertas por três meses e os interessados poderão encaminhar suas propostas via Internet ou pelos Correios.

 

 

1o Encontro Latino-Americano dos Estudantes de Letras – ELAEL

A Universidade de Brasília – UnB tem o prazer de sediar o
I Encontro Latino Americano de Estudantes de Letras – ELAEL

O I ELAEL nasceu, sendo deliberado por aclamação, na plenária final do 5º Encuentro Nacional de Estudiantes de Letras – ENEL Argentino, em Setembro de 2009, na Universidade de Comahue, em Neuquén.

Foi aprovado em seguida no Conselho Nacional de Entidades de Letras – CONEL 2009, na Universidade Estadual do Goiás – UEG, em dezembro de 2009, e recebeu a carta de aceite e apoio da Reitoria da Universidade de Brasília.

Por último, o I ELAEL UnB 2011 foi aprovado por maioria absoluta no 31ª Encontro Nacional dos Estudantes de Letras – ENEL, realizado na Universidade Federal da Paraíba em Julho de 2010.

O ELAEL será um espaço privilegiado para que os estudantes de Letras da América Latina possam discutir, refletir e deliberar acerca de questões acadêmicas, políticas, culturais e sociais do nosso continente. Além de proporcionar uma integração necessária entre os países da América Latina.

Fonte: http://www.elael.org/apresentacao.htm

Variação Linguística: A Estigmatização do Dialeto Hip Hop

A língua está sempre em evolução, o que faz com que surjam várias formas de dizer a mesma coisa e inúmeras variantes. Abordarei,  o tema “Variação Linguística”, usando como exemplo de variante o dialeto do segmento hip hop.

Existe no Brasil uma falsa idéia de unidade lingüística, como se ela fosse comum a todos os milhares de brasileiros. Marcos Bagno enfatiza em seu livro “Preconceito Lingüístico” que isso não corresponde à realidade.

A verdade é que no Brasil, embora a língua falada pela grande maioria da população seja o português, esse português apresenta um alto grau de diversidade e de variabilidade”. (pág.16).

Essas variabilidades se manifestam de diversas formas, dependendo do local em que o falante vive, sua idade, posição social e rede de relacionamentos, dividindo-se em prestigiadas e estigmatizadas. A primeira é geralmente utilizada por pessoas letradas e/ou de nível socioeconômico maior. A segunda é utilizada por pessoas sem muita instrução escolar e, geralmente, pobres. As variantes estigmatizadas, na maioria das vezes, são consideradas erradas e ignoradas por professores e acadêmicos. Isso é um erro, pois como diz Luft em seu livro “Língua e Liberdade”, o importante é conseguir se comunicar através da língua, e não seguir regras. Todos dominamos nossa língua materna, e o preconceito contra as variantes estigmatizadas é, também, um preconceito contra quem emprega essas variantes.

Neste contexto, usarei o hip hop como exemplo de variante estigmatizada. O hip hop surgiu na década de 60, nos EUA, como uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana norte-americana, abrangendo várias representações culturais, como a música (rap), dança de rua (break) e arte urbana (graffite).

Aqui nos restringiremos à fala. No Brasil, foi adotada principalmente pelos jovens negros e pobres das periferias, com pouco acesso à instrução formal. Em relação a este fator, podemos observar que a baixa escolaridade condiciona muito os aspectos linguísticos que envolvem o movimento, como, por exemplo, falar “nóis” ao invés de “nós”, “baguio” ao invés de “bagulho”, “cumpadi” ao invés de compadre, entre outras mudanças fonéticas e fonológicas. Como os valores linguísticos são passados pela família, as pessoas acabam reproduzindo-os sem se dar conta, realidade enunciada por Bourdieu:

“(…) cada família transmite aos seus filhos, mais por vias indiretas, certo capital cultural, (…) um sistema de valores implícitos (…) que contribui para definir, as atitudes face ao capital cultural (…)” (pág. 325-326).

Um ponto importante no linguajar do hip hop, é que as variantes já estão consolidadas e seus códigos são compreendidos por todos na comunidade falante, conforme afirma Couto, “a língua de uma comunidade é a língua usada por esta comunidade” (pág.9) e completando: “A língua de uma comunidade é um código que serve para o envio e recepção de informações entre seus membros.” (pág. 88).

Essa afirmativa nos demonstra que as variantes lingüísticas possuem competência comunicativa inerente ao ser humano, e o hip hop contempla, sobretudo, os que não compreendem a norma culta padrão, utilizada nos principais meios de comunicação e com a qual não se identificam, como afirma Bagno “(…) os falantes de variedades desprestigiadas deixam de usufruir diversos serviços (…) por não compreenderem a linguagem empregada pelos órgãos públicos”. (pág. 17).

Entendemos, assim, que a linguagem do hip hop está correta de acordo com o público ao qual está sendo direcionado o discurso, o público periférico e sem instrução. Há um abismo enorme no que diz respeito à suposta variedade culta que nos é imposta e a variedade que os brasileiros efetivamente empregam, incluindo o hip hop. Na música “Nego Drama”, dos Racionais Mc’s há o trecho:

Inacreditável, mas seu filho me imita/ No meio de vocês/ Ele é o mais esperto/ Ginga e fala gíria / Gíria não, dialeto”. A música expõe uma segregação lingüística voluntária, pois o hip hop, ao criar um dialeto com expressões como “zica”, “ta ligado”, “ta de toca”, “pipoco”, “rolé”, “loky”, típicas desse segmento, obviamente não são compreendidas por todos, o que nos mostra que a fala também serve de barreira para quem está de fora tornando-se um meio de ação e resistência contra a sociedade.

Concluímos então, que a variação linguística é um fato bastante comum, o que falta, é o reconhecimento dessas variedades. Sobre isso, Zilles nos diz que precisamos reconhecer as variedades (o que exercitará a cidadania), e entender que o que o falante necessita é compreender e ser compreendido, pois o não reconhecimento das variações implica em um cidadão desvalorizado e incapaz de sentir-se pertencente em seu meio. Isso não exclui a necessidade de oportunizar aos usuários das variações lingüísticas o acesso ao aprendizado para que eles possam dominar a norma padrão da língua, facilitando sua inserção na sociedade.

Sobre o tema abordado, uma citação de Couto: “(…) o importante no reconhecimento dessas diversas normas é de que cada uma delas é válida no contexto e no ambiente em que surgiu”. (pág.84).

Por

Kelly Araújo*

*Ensaio apresentado por mim na cadeira obrigatória de Conceitos Básicos de Linguística, adaptado para este blog.

UCA- Projeto Um Computador Por Aluno

Um Computador por Aluno - UCA

Em ação: Ministério da Educação e Casa Civil – O Projeto Um Computador Por Aluno (UCA) tem a finalidade de promover a inclusão digital, por meio da distribuição de 1 computadorportátil (laptop) para cada estudante e professor de educação básica em escolas públicas. Durante o ano de 2007 foram selecionadas 5 escolas, como experimentos iniciais, em São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí e Brasília. Para o ano de 2008 está prevista a compra de 150 mil laptops para projeto piloto em 300 escolas públicas em todos estados-membros. Cada escola terá um número médio de 500 alunos e professores beneficiados. Além doscomputadores portáteis serão adquiridas umas séries de outros equipamentos que permitam o acesso à internet. A distribuição será da seguinte forma: 5 escolas estaduaispor estado, indicação do Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais – CONSED, e 2 a 5 escolas municipais, de acordo com o número de alunos, indicadas pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME. O projeto será replicado, também, para efeito de avaliação, em 5 cidades cujo número máximo da população educacional pública, professores e alunos, não passe de 3 mil.

Fonte: http://www.inclusaodigital.gov.br/links-outros-programas/projeto-um-computador-por-aluno-uca/

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